Só não se perca ao entrar, no meu infinito particular. Em alguns instantes, sou pequenina e também gigante ♭♪
terça-feira, outubro 16, 2012
RUMO AO SUMO
Disfarça, tem gente olhando,
Uns, olham pro alto,
cometas, luas, galáxias.
Outros, olham de banda,
lunetas, luares, sintaxes.
De frente ou de lado,
sempre tem gente olhando,
olhando ou sendo olhado.
Outros olham para baixo,
procurando algum vestígio
do tempo que a gente acha,
em busca do espaço perdido.
Raros olham para dentro,
já que dentro não tem nada.
Apenas um peso imenso,
a alma, esse conto de fada.
Leminski.
quinta-feira, agosto 23, 2012
Estupor
esse súbito não ter
esse estúpido querer
que me leva a duvidar
quando eu devia crer
esse sentir-se cair
quando não existe lugar
aonde se possa ir
esse pegar ou largar
essa poesia vulgar
que não me deixa mentir
Paulo Leminski
terça-feira, junho 12, 2012
Nós saberemos
Um espaço, e mesmo nos melhores momentos
E nos melhores tempos
Nós saberemos
Nós saberemos mais que nunca
Há um lugar no coração que nunca será preenchido
E nós iremos esperar e esperar
Nesse lugar."
Bukowski
Depois dessa, um drink pufavô! rs
Durante um tempo fiquei numa casa
"Nunca me senti só. Durante um tempo fiquei numa casa, deprimido (...), mas nunca pensei que uma pessoa podia entrar na casa e curar-me. Nem várias pessoas. A solidão não é coisa que me incomoda porque sempre tive esse terrível desejo de estar só."
Charles Bukowski
sábado, junho 09, 2012
A IDADE DO CÉU - MOSKA
Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu...
Não somos
O que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu...
Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu...
sexta-feira, maio 25, 2012
Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico
mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás
do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto
e sofro antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais
difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais
fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu
sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico,
sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco
e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi
para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais
por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.
Martha Medeiros
mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás
do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto
e sofro antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais
difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais
fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu
sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico,
sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco
e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi
para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais
por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.
Martha Medeiros
é como uma bêbada que atravesso os dias
é como uma bêbada que atravesso os dias
por intuição do caminho
as reações que em outros são previsíveis
a mim acontecem de inopino
não me pertenço
a verdade em mim são os detalhes da mentira
meus pormenores, ácidos
o que não lateja me entorpece
consumir-se é vício
legalizem-me já
Martha Medeiros
segunda-feira, maio 21, 2012
Em 6/01/2010 - Fragmentos de um discurso....
(...)Então lá vai...
Também sou romântica, de uma forma mais..., conhece Álvares
de Azevedo?, ele é da época do romantismo, ultra romantismo eu diria... e eu
AMAVA ele, quando eu tinha meus 17, 18 anos... acreditava piamente que, existia a mulher intocável, perfeita, e que o
amor era incrível e que eu morreria por alguém. Passou, hoje prefiro Drummond,
realidade, o amor é bonito, mas não é perfeito. Sou uma romântica desacreditada
em alguns momentos.
Não gosto de mentir, omitir às vezes... coisas
desnecessárias, sem relevância pra mim é uma coisa que eu faço às vezes. Mas
mentir, não.
Também olhava as nuvens, quando eu tinha mais tempo livre,
menos problemas... e gostava de olhar as estrelas também, com revistas, que
mostravam as constelações, e tentava encontrá-las, minha mãe achava que eu
tinha algum tipo de problema. Por olhar tanto pro céu.
Eu tinha um diário, aliás....dois.
Tive agorafobia, fiz terapia
Gosto de sentir saudade, tenho que sentir saudade
Sou careta, com crises de loucura
Sou calma com crises de desespero
Gosto de observar minha gata... me acalma
Queria levar você na minha casa
Queria levar você na escola que eu jogo às vezes, só pra me
exibir.
Me achava super inteligente e bem informada, mas agora, só
acho isso dentro dos limites de Caucaia.
Adoro soltar Pérolas, leio as coisas pela metade e acho que
já sei de tudo.
Gosto da Hebe
Gosto de desenhos animados da minha infância.
Queria voltar a ser criança, sabendo tudo que eu sei hoje
Gosto de decoração
Gosto, amo azul
Tenho dificuldade de me relacionar por muito tempo com as
pessoas
Enjoo de pessoas
Gosto do meu espaço
Não penso em sair de casa até poder me sustentar sozinha, e
poder estudar ao mesmo tempo. Prefiro pagar faculdade, do que aluguel.
Tenho imensa dificuldade pra dormir fora de casa, e com
alguém ao lado.
Não gosto de me expor
Não gosto de Rosa
Gosto de Jiló
Gosto de Cuscuz
Gosto de cachorro quente
Amo minha mãe
Amo meus sobrinhos, troquei as fraldas dos dois.
Penso demais
Tinha um melhor amigo, e ele me faz muita falta. Não tenho
com quem dividir minhas alegrias e minhas tristezas, não da forma como era com
ele. Não tenho pra quem ligar de madrugada. Choro às vezes por isso. Vai fazer
1 ano que brigamos.
Nunca mais quero perder a vontade de viver. A pior sensação
da minha vida. E tenho muito orgulho, por ter superado sozinha(...)
Tenho medo de perder o controle
Gosto de pessoas que me fazem querer ser melhor
Você me faz querer ser melhor
Quando meu primeiro PC, que era usado e estava caindo aos
pedaços pifou. Fique mega triste.
Minha mãe comprou um novo depois de um mês, em 18 prestações,
pra me deixar feliz.
E eu fiquei feliz
Com o primeiro salário, do meu primeiro emprego oficial, e o
dinheiro da venda do antigo. Comprei o meu PC atual. Adoro ele.
Gosto de andar de meias pela casa.
Quis ser veterinária, publicitária, jogadora de handebol,
mas aos 15, tinha certeza que queria um dia ser professora.
Quis ser escritora, não por ter talento, mas por admirar o
trabalho.
Dos 12 aos 15... sofria muito, não gostava de ir a escola,
era tímida, insegura, as crianças pegavam no meu pé
Fico feliz por não me sentir assim, me acho segura na
maioria do tempo
(...)
Queria ser alta
Queria ter olhos verdes, meu pai e meu irmão tem, grande
frustração da minha vida(a loka)
Gosto de churrasco, gosto de ajudar meu pai no churrasco, eu
sou a favorita do meu pai. Mas ele não conversa muito comigo.
Gosto de cozinhar.
Gosto de futebol, handebol, basquete. De jogar inclusive.
Tenho que arrumar outro emprego
Não Gosto de mentira
Omito coisas desnecessárias, irrelevantes. Isso não é
mentir.
Não gosto de correr. Por correr...
Sou bem humorada, mas um humor calmo, clássico.
Acordo de bom humor
Prefiro fazer sexo de manhã. Acordo muito animada.
Quero viajar, um dia
Não gosto de calor
Acho que as pessoas podem ser inteligentes de várias formas.
Meu pai não completou a 4ª série, mas faz coisas que eu nem sonho em fazer.
Conheci um cara, que não gostava de estudar não estava nem
aí pra escola, não falava bonitinho. Mas sabia da vida como ninguém.
Gosto de música.
Gosto de Pêra
Tenho medo de sofrer, por você.
Não digo que amo alguém desde..que terminei com meu namorado
há 3 anos. Tenho dificuldade com essa frase.
Você me fez querer dizer novamente.
sábado, maio 19, 2012
segunda-feira, abril 30, 2012
Delicadeza e doçura
"Delicadeza e doçura
Não fazem muito sucesso
Nem alegrias de bolso
E nem amor que deu certo..."
"Se você é um introvertido
"Se você é um introvertido, também sabe que o preconceito contra os quietos pode provocar uma profunda dor psicológica. Quando criança, pode ter ouvido seus pais se desculparem pela sua timidez. ("Por que você não pode ser mais parecido com os meninos Kennedy?", repetiam constantemente os pais de um homem que entrevistei.) Ou na escola você pode ter sido estimulado a "sair da sua concha" --expressão nociva que não valoriza o fato de que alguns animais naturalmente carregam seu abrigo aonde quer que vão, assim como alguns humanos.
Somos segregados, o mundo é dos extrovertidos. Quanto a nós, os introvertidos natos, tentamos buscar um lugar ideal, ou nos adaptarmos a este mundo (extrovertido) que tenta nos excluir todos os dias... Paciência, paciência.
"Ainda ouço todos os comentários da minha infância em minha cabeça, dizendo que eu era preguiçoso, burro, lento, chato", escreveu um membro de uma lista de e-mail chamada Refúgio dos Introvertidos. "Quando eu tive idade suficiente para entender que eu simplesmente era introvertido, a suposição de que algo estava inerentemente errado comigo já era parte do meu ser. Queria encontrar esse vestígio de dúvida e tirá-lo de mim."
Agora que você é um adulto, talvez ainda sinta uma ponta de culpa quando recusa um convite para jantar para ler um bom livro. Ou talvez você goste de comer sozinho em restaurantes, podendo passar sem os olhares de pena dos outros clientes. Ou lhe dizem que você "fica muito na sua cabeça", uma frase muitas vezes utilizada contra os quietos e cerebrais.
É claro que há outro nome para pessoas assim: pensadores."
Trecho de "O Poder dos Quietos" de Susan Cain. http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/1069287-o-poder-dos-quietos.shtml
DONNA MI PRIEGA 88
se amor é troca
ou entrega louca
discutem os sábios
entre os pequenos
e os grandes lábios
no primeiro caso
onde começa o acaso
e onde acaba o propósito
se tudo o que fazemos
é menos que amor
mas ainda não é ódio?
a tese segunda
evapora em pergunta
que entrega é tão louca
que toda espera é pouca?
qual dos cinco mil sentidos
está livre de mal-entendidos?
Leminski
quarta-feira, abril 25, 2012
domingo, abril 22, 2012
Devorar-te
Meu corpo diz querer, minha cabeça diz já não saber.
Desejo a pele, desejo o gemido, desejo o gosto, desejo a dor
O amor está distante, já não cabe as ilusões, apenas o arder
O atrito, o odor e o ardor do corpo dela no meu,
Voracidade.
Devorar-te,
a língua torna-se instrumento,
sentir seus lábios num primeiro momento,
sua língua carece, anseia a minha.
Contorno sua boca, sua língua
Devagar, devagar
Logo, a sofreguidão
Tenho sede.
Aquela música, marca o ritmo.
Percorrer suas costas, quentes
minha boca, quente.
Vire-se,
seios; tenho sede, tenho fome,
tê-los em minhas mãos, vigorosamente sentir,
firmes, suaves. Minha boca parece pequena,
diante do latente desejo de devorar-lhes.
Um odor me atrai,
e lhe atrai o meu, fora de controle estou.
Quero deleitar-me do tesão que tornou-se palpável,
degustável.
Agora tenho seus gemidos,
causados por mim, por meu corpo
Sinto-me lisonjeada,
gosto de reger o ritmo dos seus gemidos.
Ardor, o perfume do seu sexo, do meu,
ritmo acelerado, quero seu gozo, e então...
tenho seu gozo.
segunda-feira, abril 16, 2012
Tu e eu
Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
Eu não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
Eu não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.
Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobo
eu sou mais albônico.
Tu, fão.
Eu, fônico.
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobo
eu sou mais albônico.
Tu, fão.
Eu, fônico.
És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu, piniquim.
Eu, ropeu.
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu, piniquim.
Eu, ropeu.
Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu, multo.
Eu, carístico.
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu, multo.
Eu, carístico.
És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu, cano.
Eu, clidiano.
Dizes na caraum pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu, cano.
Eu, clidiano.
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu, tano.
Eu, femismo.
Luis Fernando Veríssimo
domingo, abril 15, 2012
Não Me Ame Tanto
Não me ame tanto
Eu tenho algum problema com amor demais
Eu jogo tudo no lixo sempre
Não me ame tanto
Não posso suportar um amor que é mais do que
O que eu sinto por dentro
Penso
Desapego corretamente
Ou incorretamente
Um sentimento mesquinho
Que eu sinto por dentro
Tenso
Por isso não me ame
Não me ame tanto
Não me ame tanto
Eu tenho algum problema com amor demais
Eu jogo tudo no lixo sempre
Não me ame tanto
Não posso suportar um amor que é mais do que
O que eu sinto por dentro
Penso
Pego tudo
O meu e o seu amor
Faço um bolo de amor
E jogo fora
Ou como e gozo
Dentro
For YOU...
sábado, abril 14, 2012
sábado, março 17, 2012
Saga - Filipe Catto
Andei depressa para não rever meus passos
Por uma noite tão fugaz que eu nem senti
Tão lancinante, que ao olhar pra trás agora
Só me restam devaneios do que um dia eu vivi
Tão lancinante, que ao olhar pra trás agora
Só me restam devaneios do que um dia eu vivi
Se eu soubesse que o amor é coisa aguda
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir
Que tão brutal percorre início, meio e fim
Destrincha a alma, corta fundo na espinha
Inebria a garganta, fere a quem quiser ferir
Enquanto andava, maldizendo a poesia
Eu contei a história minha pr´uma noite que rompeu
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu
Eu contei a história minha pr´uma noite que rompeu
Virou do avesso, e ao chegar a luz do dia
Tropecei em mais um verso sobre o que o tempo esqueceu
E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho com força, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer
Venho com força, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer
E era de gozo, uma mentira, uma bobagem
Senti meu peito, atingido, se inflamar
E fui gostando do sabor daquela coisa
Viciando em cada verso que o amor veio trovar
Senti meu peito, atingido, se inflamar
E fui gostando do sabor daquela coisa
Viciando em cada verso que o amor veio trovar
Mas, de repente, uma farpa meio intrusa
Veio cegar minha emoção de suspirar
Se eu soubesse que o amor é coisa assim
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar
Veio cegar minha emoção de suspirar
Se eu soubesse que o amor é coisa assim
Não pegava, não bebia, não deixava embebedar
E agora andando, encharcado de estrelas
Eu cantei a noite inteira pro meu peito sossegar
Me fiz tão forte quanto o escuro do infinito
E tão frágil quanto o brilho da manhã que eu vi chegar
Eu cantei a noite inteira pro meu peito sossegar
Me fiz tão forte quanto o escuro do infinito
E tão frágil quanto o brilho da manhã que eu vi chegar
E nessa Saga venho com pedras e brasa
Venho sorrindo, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer
Venho sorrindo, mas sem nunca me esquecer
Que era fácil se perder por entre sonhos
E deixar o coração sangrando até enlouquecer
quinta-feira, fevereiro 23, 2012
terça-feira, janeiro 31, 2012
segunda-feira, janeiro 30, 2012
Explicação
O pensamento é triste; o amor, insuficiente;
e eu quero sempre mais do que vem nos milagres.
Deixo que a terra me sustente:
guardo o resto para mais tarde.
Deus não fala comigo - e eu sei que me conhece.
A antigos ventos dei as lágrimas que tinha.
A estrela sobe, a estrela desce...
- espero a minha própria vinda.
(Navego pela memória
sem margens.
Alguém conta a minha história
E alguém mata os personagens.)
Borboletas
Em meio a cobras de emoções,
Lindas asas observo,
Borboletas reparo!
Mas não voam como eu quero!
Não voa como o vento.
É finita, lenta.
E quinze já eu tenho!
Só a vejo, borboleta.
Que vai e volta,
Das outras se solta
Numa grande imensidão.
Do grande Deus presente,
Borboletas inocentes,
Que nem tão inocentes são...
Caroline Ferreira
terça-feira, janeiro 17, 2012
Canção Excêntrica
Ando à procura de espaço
para o desenho da vida.
Em números me embaraço
e perco sempre a medida.
Se penso encontrar saída,
em vez de abrir um compasso,
protejo-me num abraço
e gero uma despedida.
Se volto sobre meu passo,
é distância perdida.
Meu coração, coisa de aço,
começa a achar um cansaço
esta procura de espaço
para o desenho da vida.
Já por exausta e descrida
não me animo a um breve traço:
- saudosa do que não faço,
- do que faço, arrependida.
Cecília Meireles
sábado, janeiro 07, 2012
Chega do nada, deixando saudade
Chega do nada, deixando saudade
Arruma briga, prende a atenção
não me dá o sorriso
Mas me dá coragem
Faz bater mais meu coração!
Sinto seus olhares,
mesmo que superficiais
Envolvendo-me a milhares
De sensaçõs novas
E especiais.
Faz meu português
Virar língua estrangeira
Me faz o querer de vez
Ser sua linda,
Sua estrela.
Me faz querer ser mais eu contigo!
Caroline Ferreira
Arruma briga, prende a atenção
não me dá o sorriso
Mas me dá coragem
Faz bater mais meu coração!
Sinto seus olhares,
mesmo que superficiais
Envolvendo-me a milhares
De sensaçõs novas
E especiais.
Faz meu português
Virar língua estrangeira
Me faz o querer de vez
Ser sua linda,
Sua estrela.
Me faz querer ser mais eu contigo!
Caroline Ferreira
você teria ido sem mim
você teria ido sem mim
mesmo que eu não me atrasasse
você teria dito tudo aquilo
mesmo que eu não te ofendesse
você teria me deixado
mesmo que eu não propusesse
você faz tudo o que quer
mas sou eu que deixo tudo preparado.
Martha Medeiros
Poesia Reunida
mesmo que eu não me atrasasse
você teria dito tudo aquilo
mesmo que eu não te ofendesse
você teria me deixado
mesmo que eu não propusesse
você faz tudo o que quer
mas sou eu que deixo tudo preparado.
Martha Medeiros
Poesia Reunida
(...)Eu fui amante inconstante
Que se traiu a si mesmo.
Não sinto o espaço que encerro
Nem as linhas que protejo:
Se me olho a um espelho, erro -
Não me acho no que projeto.
Regresso dentro de mim
Mas nada me fala, nada!
Tenho a alma amortalhada,
Sequinha, dentro de mim."
sexta-feira, janeiro 06, 2012
Do livro 'Esse amor de todos nós
"Oh, eu o amei demais para não lhe ter ódio."
- Jean Racine
(1639-1980)
Aos 66 anos, você sabe tudo sobre o amor e o amor não é paixão. A paixão é exigente, ciumenta e tem altos e baixos. O amor é constante,"
- Jeane Moreau, em Sixty Minutes, talk-show da CBS.
No amor há duas coisas - corpos e palavras."
- Joyce Carol Oates
(1939)
Apaixonar-se é criar uma religião cujo deus é falível."
- Jorge Luis Borges. Também atribuído a Paul Valéry.
Tínhamos muito em comum, eu o amava e ele se amava."
- Shelley Winters - Bittersweet, de Susan Stranberg, 1980.
Do livro 'Esse amor de todos nós
- Jean Racine
(1639-1980)
Aos 66 anos, você sabe tudo sobre o amor e o amor não é paixão. A paixão é exigente, ciumenta e tem altos e baixos. O amor é constante,"
- Jeane Moreau, em Sixty Minutes, talk-show da CBS.
No amor há duas coisas - corpos e palavras."
- Joyce Carol Oates
(1939)
Apaixonar-se é criar uma religião cujo deus é falível."
- Jorge Luis Borges. Também atribuído a Paul Valéry.
Tínhamos muito em comum, eu o amava e ele se amava."
- Shelley Winters - Bittersweet, de Susan Stranberg, 1980.
Do livro 'Esse amor de todos nós
"Eu detesto me apaixonar. Quando me apaixono, o pior de mim vem à tona."
Ney Matogrosso, Jornal do Brasil,
Caderno B, março, 1995.
Essa é uma das frases, que compõe o livro "Esse amor de todos nós" de Marina Colasanti.
'Um livro plural. De muitas vozes. Vozes de artistas e de teóricos, vozes anônimas da tradição popular, vozes de culturas distintas se juntam aqui num vasto coral que não apenas canta o amor, como o desenha (...)
Ney Matogrosso, Jornal do Brasil,
Caderno B, março, 1995.
Essa é uma das frases, que compõe o livro "Esse amor de todos nós" de Marina Colasanti.
'Um livro plural. De muitas vozes. Vozes de artistas e de teóricos, vozes anônimas da tradição popular, vozes de culturas distintas se juntam aqui num vasto coral que não apenas canta o amor, como o desenha (...)
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